A Casa 111 e seus personagens fazem parte do bairro da Urca.

Aqui foi fundada a NAU, o Núcleo de Artes da Urca (hoje na Avenida São Sebatião), que em 1976 foi concebido como um centro cultural e artístico, e desde entao vem incentivando o ensino infantil através da arte. Nessa mesma época foi fundado o premiado Grupo Navegando, que dedicou mais de 40 anos em trabalhos artísticos voltados para o teatro infanto-juvenil, com uma equipe de artistas como: Andrea Dantas, Zezé Polessa, Clarisse Niskier, Daniel Dantas, Caíque Botkay, Cica Modesto, Fernanda Coelho, Karen Acioly, Cândido Damm, Fábio Pillar, Marília Gama Monteiro, Celinéia Paradela, Celina Lyra, Ana Borges, Marcelo Dias, Gualter Costa, Aurélio de Simone… Tantos outros! Ambos projetos foram dirigidos pela minha avó Lúcia Coelho, sempre com muito amor. Aqui ela residiu toda sua vida e se dedicou a uma vida com arte na Urca.

Além disso, meu avô Paulo de Souza Coelho (que também morou aqui) foi estrela em um dos primeiros programas de TV aberta no Brasil – ‘O Céu é o Limite’ – gravado aqui na esquina, nos estúdios da antiga TV Tupi. Ele foi o arquiteto e continua a apoiar a Casa com coração aberto. E para finalizar, Oscar de Almeida Gama (meu tatara-avô?!) foi um dos engenheiros responsáveis pelo aterro do bairro, administrando a construção do Cassino Balneário da Urca e fazendo o cais que ligou a praia da Saudade (onde fica o Iate Clube) até a Fortaleza São João, iniciando o bairro. Ou seja, a Casa tem história e continua criando novos capítulos no trajeto desse livro que escrevemos juntos.

Enraizados na sensibilidade artística que herdamos da família Coelho, nos apaixonamos pelo trabalho intuitivo e terapêutico do yoga e da meditação, e fazemos da sua propagação uma das nossas missões. Depois de passar um bom tempo estudando no exterior, voltei para, junto a minha mãe, abrir as portas da Casa. Num mundo com condomínios e muros altíssimos, nós abrimos as portas para um mundo com mais troca e menos competição.

É com muita alegria que a Casa 111 está aberta para novas descobertas e reencontros, abrindo novos caminhos em rumo da liberdade de expressão, da troca do conhecimento e do amadurecimento espiritual. Como dizia minha avó:

“Eu acho que o meu trabalho ajuda o mundo a melhorar. É um trabalho que é só feito para salvar a humanidade. Porque quando você está envolvido nele… não tem mais perrengue! Você é puro. Você é de verdade. Você está próximo de Deus e Deus está próximo de você. Sei lá quem é Deus e quem eu sou. Mas um está próximo do outro. Sempre.” LC.